quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Silêncio

Vês além das verdades do homem
Que o silêncio é a certeza de todos.
Vês nas flores a metafísica do caos
Dos condenados à superficialidade.

O belo é uma ilusão singela e inútil.
Vês além de tudo o nada a vos esperar
Com alegria e tristeza do outro lado.
Vós sois mortais em carne e sonhos.

Andeis e correis sobre os campos e vales
Enquanto a noite não avança sobre vós
O negro manto das impossibilidades.

Vês a vida e a morte em todas as coisas...
E aprendeis com a efemeridade de tudo
Que o silêncio frio é mais forte no final.


Silmes,Fabiano

domingo, 26 de outubro de 2008

As Flores de amanhã

Vai toda força ruindo aos poucos
E a vida vai pelo mesmo caminho.
Eis o homem e seu destino incerto
Corre como se eterno o seu domínio,
Mas o tempo corrói todo seu reinado.
Homem, imagem e semelhança do nada.
Oh Ingênuo ser entre todas as criaturas.
Sua ânsia pelo poder há de devorá-lo ainda.
Oh pobre homem, cadáver que se multiplica;
Batalha inutilmente contra o seu triste fado
Mas, cansado, um dia deitar-se-á a sete palmos

Pra alimentar as flores com a lama de sua carne podre.



Silmes,Fabiano

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A agonia e o desespero







Nunca fui feliz.Tudo foi se transformando em cinzas.
Meu caminho se perdeu nos dissabores da angustia.
Fui da liberdade um escravo, da morte um amante.
Eu lutei com todas as minhas forças e nada ganhei.
Ah! Como sofri em desatino por falta de um abraço.
Toda tristeza eu guardei em meu peito angustiado.
Hoje sou uma sombra fugidia do que eu fui um dia.
Tudo que me resta é escrever no silêncio desta noite,
De febre e dor, os tristes versos da minha despedida.

Silmes,Fabiano